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queixa na PRG

Exalgina Gambôa acusada de desvios de fundos   

19 Oct. 2022 Valor Económico De Jure

O activista Rafael Marques enviou uma carta ao procurador-geral da República, Hélder Pitta Groz, a solicitar uma investigação sobre a gestão da Juíza-presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gambôa.

Exalgina Gambôa acusada de desvios de fundos   

Na carta, enviada na sequência de uma denúncia tornada pública pelo mesmo no site Maka Angola, Rafael Marques aponta a suspeição nas despesas desencadeadas por Exalgina Gambôa, avaliadas em milhões de dólares. O activista volta ao tema, sublinhando ter documentos que provam que a juíza, além dos gastos em mobília e reabilitação de uma casa num “luxuoso” condomínio que lhe foi entregue a estrear e que foram superiores ao valor do imóvel (3,5 milhões de dólares), adquiriu também uma residência para a sua adjunta, no valor de 437 mil dólares.

Aponta ainda um ‘mistério’, aludindo ao pagamento de 526 milhões de kwanzas, para a “aparente aquisição de nada”, verba que saiu do Cofre Privativo para a Urbanização Nova Vida. Este projeto, acrescenta-se na carta, pertence á empresa Imogestin, cujo presidente é o ex-marido de Exalgina Gambôa, Rui Cruz.

A carta é enviada, segunda-feira, 17 de outubro, dia em que juízes-presidentes dos tribunais de contas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reuniram-se, em Luanda, capital angolana, para analisar as novas técnicas e metodologias de auditoria no controlo do dinheiro público.